Críticando

Flores de Fogo




        Heavy metal e rock and roll. É assim que o pessoal da banda Flores de Fogo classifica o som que eles vêm produzindo.
        Devo admitir que o essa auto denominação condiz com o gênero apresentado em suas músicas (digo isso, pois algumas bandas acabam mandando EP, CD ou vidêo clipe com a mesma classificação e não é nada daquilo que eles imaginam que é rock and roll). O grupo é composto por Ricardo Faleiro (voz), Rafael Sagat (bateria), Luis Dias (guitarra), Fábio Dias (baixo), Markus Mioranzza (Teclado).
        O álbum produzido conta com 11 faixas e foi intitulado “Rock and roll é eterno”. A qualidade da gravação ficou muito boa, fato deve ser destacado, afinal não é fácil e barato produzir um CD. Além disso, o grupo possui vidêo clipe, então você pode encontrar Flores de Fogo também no Youtube. Infelizmente, eles ainda não possuem uma home page, o que poderia ajudar ainda mais na divulgação.
        Quando falamos em músicas, podemos destacar as letras. Os temas abordados são variados, algumas    simplesmente contam uma história e outras fazem crítica ao mundo por exaltar coisas simples e fúteis, como o dinheiro. Todas elas estão bem tocadas, instrumentos bem sincronizados, arranjos bem feitos, algumas faixas possuem solo e outras acabam sendo mais cruas, simples (o que não significa que é ruim, apenas uma opção do grupo).
       Abaixo disponibilizei o vidêo clipe da música “Dinheiro”. Escutem e deem sua opinião.


Dinheiro:




Partido dos Poetas Pobres




        A banda de Marília, interior do estado de São Paulo, é formada por João Augusto Machado (vocal, guitarra, violão e bandolim), Klaus Merschbacher (bateria e vocal), Felipe Machado (guitarra, vocal, teclado, baixo e violão) e Thiago Herculano (guitarra, baixo, teclado e bateria). O grupo está mais de cinco anos na estrada e possui um álbum lançado.
        O primeiro trabalho foi produzido pela Covil Records e apresenta doze faixas. Devo admitir que a qualidade da gravação está muito boa, instrumentos bem destacados, nitidez nas vozes e arranjos muito bem feitos. Quanto ao encarte, arte gráfica e o nome do álbum não posso dizer nada, pois não encontrei em nenhum lugar algo que me desse uma base. Mas, esses não são problemas difíceis de serem resolvidos, afinal o mais importante são as músicas.
        Já que elas são o ponto chave de uma banda, o que se pode dizer? As composições parecem ter influências de grupos dos anos 60 e 70, agradáveis de ouvir, recomendadas para momentos que você deseja apenas escutar rock. Para ajudar a clarear a ideia de quem está lendo, algumas bandas nacionais produzem sons parecidos, como Cachorro Grande. Apesar de não conhecer o grupo pessoalmente creio que o trabalho realizado tem a cara deles, pois as músicas seguem um padrão, um gênero específico, dando a impressão de que era exatamente isso que eles queriam ter em seu primeiro álbum. Atualmente, isso é difícil de se encontrar, afinal, em uma banda a gama de influências é grande que o som acaba não seguindo um único gênero e, por consequência, não consegue atrair um grupo específico de seguidores.
       Assim como a maioria das bandas independentes, o CD está disponível para todos na internet. Abaixo estão “Dos dias e das noites” e “Poeta a Billy”. Escutem e deem sua opinião.

Site para escutar e baixar as músicas: http://palcomp3.com/poetaspobres

Dos dias e das noites:

Poeta a Billy:



Brutal Factor



         A banda de Bauru já está na estrada há dez anos e possui dois cd’s lançados. Segundo Fábio, vocalista do grupo, um novo álbum está prestes a ser lançado.
         Por isso, vamos falar sobre “Resistência – 10 anos de caos”, o último trabalho produzido por eles até agora. Eu não posso dizer muito sobre a arte gráfica, se o encarte possui o nome e letra de todas as músicas, já que não tive acesso a essa parte. No entanto, a imagem que está na internet até que é interessante, pois ela acaba fugindo dos padrões seguidos pelas bandas de trash, afinal, a cor priorizada é bem chamativa, nada muito sombrio, e isso acaba sendo um diferencial. A gravação está boa, no começo de algumas faixas pode-se ouvir sons diferentes, como, por exemplo, gritos aterrorizados.
        Quanto às músicas, elas possuem um tempo médio de duração de cinco minutos, o que é bom, pois nesse gênero o mais interessante são batidas rápidas e distorções pesadas que fazem as pessoas balançar suas cabeças. As letras são misturadas, não seguindo um padrão quanto a língua utilizada, algumas composições são em inglês, outras em português. Isso pode acabar sendo uma crítica nada agradável para adeptos do gênero ou muito interessante para outros que acham legal esse “mix”.
        O álbum traz um total de nove faixas, uma quantidade considerada boa e pode ser ouvido ou baixado na íntegra no endereço logo abaixo. Deixei disponível as músicas “They must die” e “Asfixia”, escutem e deixem sua opinião.

Para baixar: http://www.purevolume.com/brutalfactor

They must die:

Asfixia:

De volta à década de 90



        O grunge, que começou muito mais como um movimento, ganhou destaque no início dos anos 90, principalmente com bandas como Pearl Jam, Soudgarden, Alice in Chains e Nirvana. Muitas pessoas acabaram se identificando com o ritmo e o número de adeptos aumentou de forma significativa em pouco tempo, com isso, o grunge acabou virando mais um gênero músical dentro do rock.
        Apesar de alguns grupos conhecidos pelo público em geral ainda existirem, produzirem novos álbuns e até mesmo realizarem shows, podemos dizer que é muito difícil encontrar bandas independentes que se propõem a tocar e compor músicas parecidas as que eram tocadas há vinte anos. Hoje, trago ao conhecimento de todos os leitores a banda Backlash.
        O grupo formado por Kemp (vocal), Jão Caricati (guitarra e backing vocal), Cleber Monteiro (guitarra), Jimmy (baixo e backing vocal) e Diego Cescato (bateria e backing vocal) teve início no segundo semestre de 2010. “A ideia de começar a banda foi num encontro de amigos em um bar de Bauru, quando Jão e Jimmy resolveram se reunir pra fazer um som cover de alguma outra banda pra buscar alguma influência diferente”, explicou Kemp.
        Em pouco tempo, a banda conseguiu produzir um EP com quatro faixas. O trabalho, intitulado “Nimbuzz”, foi um trocadilho entre palavras da língua inglesa. “Não tínhamos pensado em nenhum nome logo de início. Foi então que cheguei com uma arte que tinha feito há muito tempo e a aprovação foi unânime pra que fosse a capa. Queríamos um nome que se relacionasse com esta arte, então pensamos em ‘Nimbus’ (do latim, que significa nuvem de chuva, e no inglês significa tanto nuvem de chuva como auréola, resplendor). Decidimos trocar o S do final por dois Zs para formar a palavra "buzz" (do inglês ‘zumbido’), para brincar com a característica do nosso som. Com o trocadilho de palavras feito, fica algo como "Zumbido do Resplendor". Estranho, não? Pois é, somos estranhos mesmo”, disse o vocalista.
        Assim como a maioria dos grupos de rock, a banda diz que a maior dificuldade é encontrar espaço, bares e público para apresentar seu trabalho. Eles já estão compondo novas músicas, mas não possuem previsão para gravá-las. Abaixo está a faixa “The Chain Effect”, escutem e deem sua opinião.

Download do EP: http://www.mediafire.com/?adf7joq8q6ilc0e

The Chain Effect:


Sociopata

Escrito por Marcos d' Avila Pacheli

        A banda Sociopata teve início em 2008, nas cidades de Bauru e Agudos, interior de São Paulo.
       O som que o grupo se propõem a fazer mescla elementos de diferentes estilos, como Punk Rock, Hardcore e Trash Metal. Entretanto, devido às diferentes influências de cada músico, não é possível definir a sonoridade principal da banda, dando uma enorme liberdade para transitar entre diversos gêneros. Para todos entenderem um pouco mais, o grupo parece ter pitadas de Faith No More, Pink Floyd, Sepultura e Napalm Death.
       A formação atual conta com Kleber (Revel) nos vocais, Braga (No Name Band) na guitarra, Birão (Running Amok) no baixo e Gersinho (The Almighty Devildogs) na bateria. Atualmente, a banda é um dos maiores destaques do cenário independente no eixo Bauru-Agudos, porém, o grupo continua lutando por oportunidades em eventos para poder divulgar suas músicas, como o ocorrido domingo, dia 24, em Agudos, no Tapera Bar.
       Quem tiver interesse em conhecer um pouco mais sobre a banda Sociopata, pode entrar no MySpace ou na página que eles possuem no Trama Virtual. Abaixo está a música Celebrar, deem sua opinião.

MySpace: http://www.myspace.com/sociopata

Trama Virtual: http://tramavirtual.uol.com.br/sociopata/

Celebrar:


Trator de guerra brasileiro

Escrito por Bruno Gatto


       O Death Metal é um estilo de música violento e nada agradável para ouvidos não acostumados com esse gênero musical. Trator Br é uma banda de Death Metal formada em Bauru. Em 2008, eles lançaram seu primeiro Full Lenght de forma independente.
       Como supracitado, o som deles é violento e, diga-se de passagem, muito bom!
       O vocal de Aldo Gaiotto é berrado, a guitarra faz riffs com palhetadas rápidas e solos bem interessantes, resumindo, a guitarra faz a sua parte muito bem, eu não gostaria de ouvir nada mais que isso. A cozinha é um caso à parte. O baixista toca muito e a ótima produção o deixa bem audível. O batera solta a mão e apresenta muita criatividade para deixar o som mais agressivo ainda. Dê uma conferida em um pequeno solo de bateria no final da faixa “No Comando dos Vermes”.
       Algo a se destacar são as letras, pois elas são em português. Poucas bandas de Death Metal brasileiras optam por escrever letras na língua da nossa pátria. Isso é um grande diferencial.
       Para concluir, não ficarei falando música por música, mas gostaria de citar a primeira a faixa, “Trator de Guerra Brasileiro”, para tentar explicar o sentimento do cd. Ela começa tensa com sons de canhões, metralhadoras e tiros que remetem a um campo de batalha de uma guerra qualquer, para logo em seguida vir com um riff de guitarra simples (mas eficiente e bem legal), a bateria é rápida e há um fraseado de baixo que fazia tempo que não ouvia igual. Impossível não balançar a cabeça.
        O cd é assim, pesado, rápido, violento e sem frescuras. O ouvinte não tem descanso, é uma pancada sonora atrás da outra. Excelente cd.


Trator de guerra brasileiro:




Baranga



        Imagine a cena, você está saindo de casa rumo a um show de rock e para ir entrando no clima coloca aquela música que te faz sentir como se você já estivesse no local onde será a apresentação. Pois é, isso já aconteceu comigo e eu estava ouvindo o quarto CD da banda Baranga, intitulado “O céu é o hell”.
        Vamos ao básico. O CD está muito bem gravado e com uma mixagem de qualidade, não é para menos, afinal ele foi produzido pelo guitarrista da banda Korzus, Heroes Trech. O encarte tem uma arte gráfica bem legal, tudo a ver com o tema das músicas, muita bebida, mulher e rock and roll. Ao abri-lo irá encontrar um pequeno desenho da banda, no qual eles estão dirigindo um carro das antigas muito incrementado. Além disso, o álbum contem todas as letras das músicas, quem é o autor de cada uma delas, além de várias ilustrações.
        Agora o assunto é a música. Volto a frisar que acho chato comparar bandas, mas não tem como deixar de lado esse fato, afinal quando você der o play logo abaixo em “O céu é o hell” vai ter a impressão de ter escutado um som parecido em outro local, creio que pelo fato da banda ter o mesmo estilo e proposta de músicas do grupo Matanza, pricipalmente no álbum “Músicas para Beber e Brigar”. Contudo, vale a pena ressaltar que o trabalho realizado pelo Baranga é um pouco diferente, pois em certas faixas percebo a influência de outros grupos, os quais consigo encontrar no Matanza, como, por exemplo, AC/DC.
        Finalmente, sem comparações, o álbum de dez faixas apresenta músicas muito bem tocadas, empolgantes do começo ao fim e com um tempo de duração bom, e essa não é apenas a minha opinião, mas também de colegas e amigos que nunca haviam escutado a banda, mas deram parecer positivo. Infelizmente, nenhum dos álbuns estão disponíveis para download, mas você pode entrar no site oficial e comprá-los por um preço acessível, garanto que será uma grana bem investida. Logo abaixo, um aperitivo para nossos leitores famintos e sedentos por rock and roll. Escutem e deixem sua opinião.

Site oficial: http://www.barangarock.com.br/

O céu é o hell:



Delorean



       Dissonância cognitiva de justificativa externa é nome do primeiro EP da banda carioca Delorean.
       O trabalho produzido pelo grupo tem cinco faixas e uma capa criativa, chamativa e bem interessante, com muita cor e elementos bem variados, como um disco voador e um dos carros mais famosos do cinema, que além de viajar no tempo também serviu de inspiração para o nome da banda. Além disso, a qualidade da gravação ficou boa, portanto até aqui a banda mandou bem.
       Vamos às músicas. O grupo de Volta Redonda parece ter a influência de bandas como CPM22 e Dead Fish, composições rápidas, comerciais e que grudam na cabeça de muita gente. Como a maioria dos grupos desse gênero, as faixas são bem parecidas, contudo, Nostalgia Blues difere das demais por dar mais destaque a instrumentos como baixo e bateria, uma batida mais marcada, mas que vai sofrendo pequenas variações ao longo da música, portanto, vale a pena conferir. De acordo com os próprios integrantes, a banda pretende mudar o estilo de suas composições já no próximo EP, por isso, quem gostou do grupo deve ficar atento as novidades.
       Quem se interessou e quiser conhecer um pouco mais sobre Delorean pode entrar no Myspace e ouvir as outras faixas desse trabalho. Para quem for de São Paulo, pode ir ao Sattiva 1, nesse sábado, dia 18, e conferir o grupo ao vivo. Logo abaixo estão as músicas “Por quantos meses mais?” e “Nostalgia Blues”. Escutem e comentem.

Myspace da banda: http://www.myspace.com/deloreanroque

Por quantos meses mais:

Nostalgia blues:


The Fundrivers




   O álbum “Lookin’ back and ahead” (olhando para trás e à frente) da banda The Fundrivers nos remete ao rock tocado nos anos 60 e 70.

   Parece repetitivo, mas não tem como deixar de falar, afinal a primeira coisa que a maioria das pessoas observam quando pegam o CD de uma banda independente é ver o quanto eles se preocuparam com a divulgação de suas músicas. Bem, nesse caso eles ganharam ponto positivo, afinal o encarte está bem feito, com todas as letras e nomes das composições, fotos dos integrantes e também os instrumentos que cada um deles tocam, além disso a qualidade da gravação está muito boa, ou seja, investiram em um estúdio de qualidade.

   Agora a parte que mais interessa a todos, as músicas. Apesar de serem do mesmo gênero, elas não são do tipo que enjoam, pois cada composição parece ter a influência de diferentes artistas, você escuta o CD hoje, amanhã e provavelmente vai continuar dando atenção a ele por um bom tempo. Apesar de todas as músicas estarem em inglês, as letras estão bem elaboradas, com arranjos bem feitos e back vocal sincronizado, que não atrapalha ou sobrepõe a de quem está cantando. Outro ponto interessante é que o grupo possui dois vocalistas, isso é bom para quem escuta, afinal não se cansa de ouvir sempre a mesma voz.

   Em tese, o álbum de onze músicas da banda The Fundrivers é bem legal e está disponível para download no site oficial. Abaixo encontra-se a música Hey Lord. Escutem e deem sua opinião.

Site oficial: http://www.thefundrivers.com/

Hey Lord:

  

Heropleno





  Tenho aqui em minhas mãos o primeiro álbum da banda Heropleno, da cidade de Bariri.
  No momento em que olhei o CD percebi que o pessoal investiu mesmo, pois todas as pessoas que estão, de certa forma, ligadas a música sabem o quanto é difícil e caro gravar um álbum com 11 faixas. Além disso, eles produziram um encarte com todas as letras e a arte gráfica não é carregada de toda aquela “frescurite”, isso é o que acabou sendo legal.
  Beleza, mas o importante é falar do som, não é mesmo? Escutei o CD e percebi que a qualidade da gravação está muito boa, não é aquele tipo de música produzida em estúdio fundo de quintal ou por amigos que possuem um computador e uma sala vazia em casa.
  Acho meio chato comparar sons, afinal cada banda tem o seu estilo, mas o grupo baririense parece ter certa influência de Oasis, principalmente na faixa “Tudo que eu sou”. Ao mesmo tempo, os arranjos estão bem feitos, uso de violino, viola e violoncelo em algumas músicas, instrumentos diferentes dos tradicionais usados em um grupo de rock.
  Uma coisa que ficou bem nítida são as letras, pois elas falam sobre amor, isso poderia ter variado um pouco, mas é um prato cheio para muitas pessoas que com certeza irão adorar o grupo. Contudo, antes que alguém crie algum preconceito antes mesmo de ouvir o CD ou as músicas, já antecipo e digo que a banda não é EMO, está muito mais próxima de uma “British Pop” do que qualquer coisa.
  Enfim, abaixo está a música “Tudo que eu sou”, escutem e dêem sua opinião. Para quem se interessar em ouvir mais músicas a banda disponibilizou o álbum completo no site oficial, o que é bem legal para a divulgação, lá também tem a história e fotos do grupo.

Site oficial: http://www.heropleno.com.br/

Música “Tudo que eu sou”:


Vídeo da banda:

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